O que era escândalo para Jesus?

Ai daquele que fizer tropeçar a um desses meus pequeninos...”; “Fiquem vigilantes... eles se vestem de ovelhas, mas por dentro são lobos...”; “Melhor lhes fora que amarrassem uma pedra de moinho ao pescoço e se atirassem ao mar.” ; “Eu nunca vos conheci...”; “Apartai-vos de mim...”.

E se Jesus entrasse num culto evangélico hoje? E se fosse no meio de uma “corrente” para “sacrificar” e “conseguir” a prosperidade? E se fosse à hora em que o “leilão” das bênçãos estivesse começando... com o “pastor” iniciando o “saque da oferta” de benção à partir de cinqüenta mil reais...até “vendê-la” pelo que o individuo tiver no bolso? O que será que Ele faria? Bem, não sou eu quem vai dizer... O que de mais leve posso afirmar é o seguinte: Com a atitude que Jesus tinha frente aos bens materiais, especialmente o dinheiro — potestade por Ele denunciada como um ente espiritual que deseja o lugar de Deus na alma humana —, dificilmente Ele coubesse nas fronteiras da “igreja”. De um lado estão os históricos e suas auditorias contábeis e suas eventuais “disciplinas” aos “Judas” que sejam encontrados. De outro lado estão os “empresários dos negócios de Deus”, que marcam em cima não por causa do amor aos pobres e pelo desejo de “poupar” para doar, mas unicamente em razão de que os lucros com o comercio da fé fica em seus próprios bolsos. Do ponto de vista dos que julgam que a imagem da instituição vale mais que a misericórdia que dá chance a Judas até ao fim — ou seja: até que ele se auto-defina —, a paciência gerencial de Jesus é inconcebível na “igreja”. Interessante: Aquele que poderia julgar com total e absoluto acerto, não julga, mas espera — embora diga: “um de vós é diabo”! Enquanto isto aqueles que não podem julgar, apressam-se em defender a “imagem da igreja”. Para Jesus até o filho da perdição importava mais que a imagem do Colegiado Apostólico!

E tampouco os apóstolos tentaram encobrir o “suicídio” de um de seus pares, a fim de preservar a imagem de Jesus. Afinal, o normal seria não revelar que o tesoureiro do grupo se suicidara. Hoje qualquer “igreja” pagaria para não ter essa informação nem na “Ata”, quanto mais num livro, e menos ainda na “mídia”. Mas a verdadeira Igreja não expõe quem ainda não se mostrou e nem esconde como ela mesma é! Evitar a “aparência do mal” só é válido quando o evitar não realiza nenhum mal pela omissão.


Para Jesus a história de um homem é escrita como verdadeira ou falsa pelo próprio homem... e ninguém tem que se oferecer para ser o “descobridor da nudez”... até que o próprio nu o faça. Assim, aprendemos que o Evangelho não cabe na “igreja”, pois, jamais caberia mesmo. A “igreja” é que tem que caber no Evangelho. Do contrário, fica do lado de fora. “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta; entrarei em sua casa, cearei com ele, e ele comigo”.

É apenas para a gente pensar!

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