...apreciando a vida como um menino, na simplicidade dos gestos e na singeleza dos sentimentos. Redescobrindo os sonhos outrora perdidos, reavendo sentimentos outra esquecidos, jogados pra fora pela janela da alma e pela porta do coração.

...repensando a vida como um filósofo, na complexidade do pensamento, no universo do mundo das idéias. Seja lá como for, percebo que o romantismo da filosofia simples, quase ingênua e tão profunda quanto a metafísica dos questionamentos.

...visualizando a vida como um fotógrafo, intrigado com a paisagem, motivado pelo momento captado pela lente dos sentimentos que por mais anuviados que estejam retratam com fidelidade o aconchego do colo e seio desnudo da mulher admirada e desejada.

...percebendo a vida como um ingênuo, vivendo cada dia a novidade dos sentimentos cantados em verso e prosa, transcritos na beleza das poesias e imaginados na transcedência do artista que capta em tela sua abstração adminiradora do belo.

...concluindo a vida como um matemático, que sabe tão bem que dois mais dois só pode ser quatro, mas sabe também que a vida é como um dízima periódica, ama perceber que a soma do quadrado dos catetos é a hipotenusa da paixão pueril apesar da idade.

...amando a vida como apaixonado inveterado e alucinado de tanto amor, como aquele que vê graça mesmo sem graça, que se pega sorrindo lembrando das coisas mais simplórias, lembrando dos acontecimentos mínimos do dia e que sente falta da companhia da paixão à noite.

...apreciando, repensando, visualizando, percebendo, concluindo, amando, o que mais posso dizer sobre a vida, sobre o estado contemplativo do momento, sobre o prazer de ver a vida passar diante dos olhos ainda cheia de vida.

Rio de Janeiro, 2009

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