Sem título

Sei qual a idéia sobre o que quero escrever, está claro na minha cabeça e pra mim faz todo o sentido, porém, não consegui encontrar um título que fosse adequado. Um título que pudesse resumir em breve frase o texto que começo a escrever. Que coisa, héin!

Talvez, de fato, seja difícil encontrar um título para um texto que está completamente influenciado pelas minhas questões mais íntimas, o que de certa forma me assusta! Imaginem só colocar em palavras o que sentimos, pensamos, expressar em letras, em versos e prosas o que temos medo de expressar em voz audível e inteligível. Quem dera fosse possível para todos nós , de forma despretenciosa e descompromissada, falar sobre todas as coisas que temos vontade. Imaginem se fossemos "super sinceros" todos os dias o tempo todo com todas as pessoas. Quem teria coragem para levantar a mão e admitir que foi sincero a vida inteira, ou quem poderia levantar a mão num sinal de confissão e admitir que nunca errou na vida. Pois é, encontrar um título para isso é complicado.

As questões mais íntimas de um indivíduo fica sempre guardada "à sete chaves que abrem sete portas em sete patamares" como na crônica do Barba Azul escrita por Rubem Alves. Nunca abriremos o que sentimos para qualquer pessoa e por mais que pareça profundo, íntimo e sincero, na verdade nunca é, sempre estamos com medo de dar a outro o domínio sobre o que somos. Um dia, até erramos, confiamos, nos entregamos, nos despimos diante de alguém, abrimos a caixa preta dos sentimentos e emoções, mas quando caimos do cavalo, entendemos na totalidade O Principe, escrito e apresentado por Nicolau Maquiavel.

Pensando de forma abrangente, o mais abrangente possível, percebi que até agora escrevi, escrevi e escrevi e não disse nada ou será que disse tudo? Sinceramente não sei.

Pois é, encontrar um título pra isso é foda!

P.s.: Que minha terapeuta não leia isso.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quebranta-me!

Reflexão 001-2017

A insustentável ansiosidade de alma