Confissões... ( 3ª Parte )




[prato cheio para fofoqueiros]

Minha saga continua, a leitura da Palavra me deixa convicto em relação a minha fé. Por um tempo, achei que perderia ou que a fé não seria suficiente para me fazer acreditar no impossível. Pois bem, Deus opera impossíveis!

Quando oramos pedindo a Deus que realize o impossível em nossa vida acreditamos que temos controle sobre a forma de Deus agir, parece que sempre esperamos que Deus opere as maravilhas do nosso jeito, do jeito que é mais conveniente para nós. Nos esquecemos que Deus é soberano e é sabedor de todas as coisas e Senhor da história. A história da nossa vida é escrita por nós, mas ela está inserida no conjunto macro da história do universo que é escrita por Deus.

Acompanhe comigo: Paulo no caminho para Damasco segue com cartas de recomendações para executar sentenças de "ordem inquisitória" sobre os cristãos. Num determinado momento ele percebe um clarão que o cega e que o leva ao chão deixando-o cego. Então ele ouve a clássica frase "Saulo, Saulo, porque me persegues?!". E daí vocês conhecem o restante da história.

Quando leio esse texto, percebo um Deus mais que soberano, percebo um Deus que não está preocupado com a forma herméticamente humana de agir, percebo um Deus que escolhe fazer as coisas do seu próprio jeito, um Deus que não liga a mínima se cegar causará dano ou não. Um Deus que intervém na história da forma que lhe "conveniente" com Deus fazer, ou seja, a História é Dele, é Ele quem narra e é Ele quem escreve.

É um Deus interessado em Sondar, Quebrantar, Transformar, Encher e Usar a vida de Saulo!

E assim ELe faz no restante de vida do apóstolo-filósofo-cristão. Deus faz de Paulo um homem extramamente humano, com erros e acertos, mas escolhe sempre fazer a coisa certa porque sabe quem está no controle de todas as coisas. Imagina os inúmeros momentos de amargura, angústia, ansiedade, dor na alma, se é que alma dói.

Temos a tendência de deificar as pessoas de acordo com as demonstrações de humanidade que elas dão e com Paulo não foi diferente. Se ele aproveita a oportunidade de pregar à guarda pretoriana, o transformamos na "entidade divina da oportunidade", se ele discipula pessoas para o ministério da palavra, o transformamos num "reitor divino" do seminário judaico-greco-romano. Se ele faz viagens missionárias para acompanhar o andamento da expansão do Evangelho do Reino, o transformamos em "senhor-autor-das-missões-revolucionárias-e-surpreendentes-do-universo", quase um promotor de missões (coisa de batista). Paulo foi simplesmente um ser humano que escolheu se submeter a vontade do Mestre, mesmo que isso lhe custasse a vida!

Quem dera se a "igreja" aprendesse com Paulo a ser humana, talvez não servisse de massa de manobra nas mãos daqueles que defendem o "jabá" nas madrugadas televisivas!

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